Doppaz afirma que Moçambique nunca teve terrorismo e acusa líderes de manipulação
O cantor moçambicano
Doppaz declarou, em um vídeo que se tornou público, que o terrorismo em
Moçambique nunca existiu e acusou os líderes do país de usarem essa narrativa
para desviar fundos da ajuda internacional.
Além disso, o músico
afirmou temer por sua vida, sugerindo que pode ser assassinado por expor o que
considera ser a verdade sobre a situação em Cabo Delgado.
“Sobre o terrorismo,
nesse país nunca teve terrorismo. Eles estão mandando embora o povo para
explorar bem aquela terra (...) Eles matam duas ou três pessoas e dizem que o
terrorismo está acontecendo em Cabo Delgado”, afirmou Doppaz.
O cantor também disse ter
informações de amigos na região norte do país que garantem que não há actividades
terroristas em Cabo Delgado.
Suas declarações
surgem em um momento em que a guerra na província parece caminhar para um
desfecho, coincidindo com a saída iminente de Filipe Nyusi da presidência, o
que levanta suspeitas sobre os reais interesses por trás do conflito.
Doppaz alertou que,
por ter feito tais revelações, pode ser alvo de represálias. “Os meus dias
estão contados e a qualquer momento podem me matar a bala”, disse, insinuando
que há uma perseguição contra aqueles que denunciam irregularidades no país.
As declarações do
artista reacendem o debate sobre a guerra em Cabo Delgado e os interesses
políticos e económicos por trás do conflito.
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