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Conheça Joaquim Sive, o novo comandante-geral da PRM, e os desafios que enfrenta para recuperar a credibilidade da polícia moçambicana
A recente nomeação de Joaquim Adriano Sive como comandante-geral da Polícia
da República de Moçambique (PRM) marca um novo capítulo para a corporação, que
enfrenta uma profunda crise de credibilidade junto à população.
A decisão foi anunciada pelo Presidente da República, Daniel Francisco
Chapo, no dia 23 de Janeiro de 2025, após a exoneração de Bernardino Rafael,
cuja liderança foi duramente criticada por campanhas de assassinatos e
brutalidade policial.
Joaquim Sive, no entanto, não é um nome isento de polémicas. Em 2019,
enquanto exercia o cargo de comandante provincial da PRM em Nampula, foi
suspenso pelo então Ministro do Interior, Jaime Basílio, após um trágico
incidente que resultou na morte de 10 pessoas no Estádio 25 de Junho, durante
um evento de campanha eleitoral da FRELIMO.
A comissão de inquérito criada para investigar o caso nunca apresentou
conclusões públicas, deixando dúvidas sobre sua responsabilidade nos
acontecimentos.
Outro episódio controverso ocorreu em 2024, quando Sive esteve no centro de
críticas por tentar impedir Venâncio Mondlane, candidato presidencial da
oposição, de realizar uma passeata na cidade da Beira.
A acção policial, que escoltou Mondlane até à sede do partido PODEMOS, foi
amplamente vista como uma violação da liberdade de expressão e dos direitos
políticos.
A nomeação de Sive acontece em um momento em que a PRM precisa urgentemente
de uma reestruturação para restaurar a confiança da população.
Nos últimos anos, a polícia tem sido acusada de abusos de poder, repressão
violenta e envolvimento em práticas ilegais, como ocorreu durante as
manifestações pós-eleitorais, quando agentes foram flagrados utilizando balas
reais e gás lacrimogéneo contra civis desarmados.
Agora, como novo comandante-geral, Joaquim Adriano Sive tem a difícil missão de provar que pode liderar a corporação de forma transparente e eficaz, afastando os fantasmas do passado e demonstrando compromisso com a segurança pública e o respeito aos direitos humanos.