Presidente Daniel Chapo Alcança Acordo Sobre Reformas do Estado, Mas Enfrenta Críticas por Exclusão de Venâncio Mondlane
O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo,
anunciou nesta segunda-feira (27) que o Governo chegou a um consenso
com os partidos representados na Assembleia da República e nas Assembleias
Provinciais sobre os termos de referência para reformas essenciais do
Estado.
Estas reformas visam reforçar a estabilidade política, económica e social do
país.
Entre as principais prioridades estão a revisão da Lei Eleitoral
e o fortalecimento da descentralização, medidas destinadas a
prevenir conflitos eleitorais futuros e a consolidar a democracia em
Moçambique.
Diálogo Político e Prioridades das Reformas
Em declarações à imprensa após o encontro, realizado no Gabinete da
Presidência, o Presidente Chapo destacou:
“O nosso objectivo é a paz, a segurança, a estabilidade económica,
social e política, para que juntos possamos desenvolver o nosso país,
Moçambique, que é a casa de todos nós.”
O acordo é descrito como um avanço importante no diálogo político
iniciado após a violência pós-eleitoral de 2024. O próximo passo será
formalizar os entendimentos em um documento a ser assinado pelas lideranças
políticas.
Entre os temas debatidos, destacam-se:
- Revisão da Lei Eleitoral:
para garantir maior transparência e legitimidade nos futuros processos
eleitorais.
- Fortalecimento da descentralização:
aproximando as decisões políticas dos cidadãos e fomentando maior
participação comunitária.
Inclusão Social no Debate Nacional
O Presidente defendeu um debate inclusivo, envolvendo a
sociedade civil, lideranças religiosas e comunitárias, meios de comunicação,
mulheres, jovens e o sector privado. Há ainda a possibilidade de incluir a
revisão constitucional no processo.
“Queremos um debate amplo e participativo, envolvendo todos os estratos sociais para que as reformas atendam às necessidades reais do país,” afirmou Chapo.
Críticas à Exclusão de Venâncio Mondlane
Apesar dos avanços no diálogo político, a exclusão de Venâncio
Mondlane, uma figura com amplo apoio popular, gerou críticas
significativas. Mondlane é reconhecido como uma voz influente e mobilizadora, o
que levanta questionamentos sobre a legitimidade do processo sem sua
participação.
Líderes comunitários e sectores da sociedade têm pressionado para que Mondlane seja incluído nas discussões, argumentando que sua ausência pode comprometer a aceitação das reformas propostas. Continua LER Conteudo Completo... [AQUI]