Caos em Moçambique serve de alerta para as instituições sul-africanas, alerta analista

Caos em Moçambique serve de alerta para as instituições sul-africanas, alerta analista

Caos em Moçambique serve de alerta para as instituições sul-africanas, alerta analista

Os recentes protestos em Moçambique levantaram um alerta importante sobre a necessidade de instituições fortes e legitimadas pela população, afirmou o analista sul-africano Stephen Grootes.

Segundo ele, à medida que os partidos políticos se fragmentam, as instituições tornam-se mais poderosas e sujeitas a disputas políticas intensas.

A validação dos resultados das eleições de 9 de Outubro pelo Conselho Constitucional moçambicano, com ajustes nos votos atribuídos à Frelimo e à oposição, sem explicação clara, gerou desconfiança entre os eleitores.

Para Grootes, a situação moçambicana contrasta com a da África do Sul, onde a aceitação dos resultados pelo ANC foi facilitada pela robustez das instituições eleitorais.

Ele destaca que a Comissão Eleitoral sul-africana resistiu às pressões políticas e garantiu transparência, diferentemente de Moçambique, onde a percepção de ilegitimidade comprometeu a estabilidade pós-eleitoral.

Com a fragmentação política, Grootes acredita que instituições como o Provedor de Justiça, a Comissão de Direitos Humanos e os tribunais ganhem relevância na mediação de conflitos políticos.

Ele alerta para o risco de nomeações políticas fragilizadas, que podem minar a confiança pública e resultar em cenários semelhantes aos de Moçambique.

Segundo o analista, a crise moçambicana deve servir como um alerta para a África do Sul reforçar a independência e credibilidade de suas instituições democráticas.

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