Última Hora: Daniel Chapo Não Vai Tomar Posse

 

Sociedade Civil Moçambicana Apela à África do Sul para Bloquear Posse de Daniel Chapo

O cenário político em Moçambique está em ebulição, com a sociedade civil intensificando os esforços para impedir a posse de Daniel Chapo, presidente eleito nas eleições gerais de Outubro.
 
Alegações de fraude eleitoral e irregularidades no processo levaram organizações como a Plataforma Eleitoral Decide e o Centro de Integridade Pública (CIP) a recorrerem ao presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, para que intervenha na situação. 
 
As organizações enviaram uma carta a Ramaphosa solicitando que pressione o Tribunal Africano de Direitos Humanos a investigar as denúncias e impeça a posse de Chapo, marcada para 15 de Janeiro.
 
Segundo elas, Moçambique enfrenta uma grave ameaça à democracia e aos direitos humanos, e a região austral da África, especialmente a África do Sul, não pode ignorar a situação. 
 
Contudo, o pedido de intervenção gerou debates acalorados. Juristas como Roberto Aleluia defendem que a acção seria juridicamente impossível, já que Moçambique, como estado soberano, não está subordinado a organismos internacionais. "É uma lamentação sem fundamentos jurídicos sólidos", afirmou Aleluia. 
 
Por outro lado, activistas como Wilker Dias acreditam no poder da jurisdição internacional. Para ele, mesmo que Chapo tome posse, decisões podem ser revertidas futuramente. "O objectivo das organizações é pressionar por eleições justas e transparentes", destacou. 
 
O Conselho Constitucional de Moçambique mantém sua posição, afirmando que as decisões sobre as eleições são definitivas e de cumprimento obrigatório. Especialistas como Victor da Fonseca ponderam que, embora a sociedade civil esteja buscando protagonismo, qualquer acção externa teria, no máximo, carácter recomendatório. 
 
Enquanto isso, Quitéria Gengan, activista dos direitos humanos, defende que a iniciativa das organizações visa alertar a comunidade internacional sobre o risco político em Moçambique. "Não é apenas sobre Chapo, mas sobre construir um estado mais democrático e transparente", afirmou. 
 
Com as atenções voltadas para Moçambique, resta saber se a pressão internacional será suficiente para influenciar a situação política do país ou se a posse de Daniel Chapo marcará o encerramento deste capítulo controverso. Continue lendo mais conteúdos [AQUI]

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