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Seca em Inhambane deixa 55 mil famílias em insegurança alimentar
A província de Inhambane enfrenta uma grave crise devido à
seca, que afecta cerca de 55 mil famílias, das quais 1500 estão em situação
crítica e necessitam de assistência alimentar urgente. A falta de chuva desde Março
comprometeu a produção agrícola, deixando os campos secos e impossibilitando o
cultivo.
No povoado de Mahunzulucane, no distrito de Mabote, os
moradores relatam o impacto devastador da seca. “A última vez que choveu foi em
Março, mas não deu em nada. Plantamos, mas nada germinou. A seca é grande
aqui”, desabafou uma residente. Sem chuva, as machambas ficaram improdutivas, e
os agricultores, sem sementes ou água, perderam suas principais fontes de
subsistência.
A falta de alimentos obriga muitas famílias a recorrerem a
frutos silvestres para sobreviver. “Estamos a sofrer muito. Comemos massala e
outros frutos porque não há o que comer, e tenho três filhos para alimentar”,
disse uma moradora.
Além da escassez de alimentos, o acesso à água é outro grande
desafio. Em várias localidades, pessoas e animais compartilham as mesmas
fontes, que muitas vezes estão secas ou danificadas. “Às vezes, a fonte de água
estraga-se, e temos de caminhar longas distâncias para conseguir água”, afirmou
um habitante.
Mabote, Funhalouro e Panda são os distritos mais afectados. O
administrador de Mabote apelou para investimentos sustentáveis, enfatizando que
soluções paliativas não resolverão a crise. “É necessário pensar em estratégias
de longo prazo para evitar que as comunidades continuem a sofrer desta forma”,
destacou.
A seca em Inhambane é atribuída ao fenómeno El Niño, que
também impacta outras províncias como Maputo, Gaza, Sofala, Manica e Tete.
Enquanto isso, a Cruz Vermelha de Moçambique está a distribuir assistência
alimentar às famílias em situação crítica, ajudando a mitigar os efeitos da
crise. Continue lendo mais [Aqui]
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Sociedade