População protesta com lixo nas instalações da EDM em Maputo
Um protesto inusitado
marcou as instalações da Electricidade de Moçambique (EDM) na cidade de Maputo.
Revoltados com as taxas cobradas pela empresa, especialmente a de lixo e
radiodifusão, moradores organizaram-se para depositar sacos de lixo nos
escritórios da instituição.
A acção reflecte a
insatisfação com os serviços prestados pela EDM, incluindo os elevados custos
de electricidade, falhas no atendimento e cobranças consideradas abusivas.
Moradores criticam a qualidade dos serviços e questionam por que são obrigados
a pagar por serviços que não utilizam, como a taxa de radiodifusão.
A EDM divulgou um
comunicado anunciando medidas como a isenção de juros de mora em pagamentos
atrasados e taxas de religação para clientes de tarifa social até Fevereiro de
2025. No entanto, a população espera por mudanças mais significativas e
duradouras.
O protesto evidencia um
crescente movimento de cidadãos exigindo maior transparência e justiça nas
cobranças de serviços públicos. "O povo é quem manda", enfatizou um
dos organizadores do ato. Continue lendo mais...
“Pagamos pela coleta de lixo, mas continuamos tendo que contratar terceiros para remover os resíduos. Isso é injusto”, disse um manifestante.Além das reclamações sobre as taxas, outra polémica ganhou destaque: a electricidade produzida em Moçambique é vendida à África do Sul a preços mais baixos do que os cobrados internamente. Isso gerou questionamentos sobre as prioridades da empresa pública em relação ao atendimento das necessidades dos cidadãos moçambicanos.