"Partido no poder não durará até ao final de 2024", afirma Venâncio Mondlane

 

Moçambique: "Partido no poder não durará até ao final de 2024", afirma Venâncio Mondlane

Segundo Venâncio Mondlane, a situação socioeconómica e política em Moçambique tem sido alvo de críticas contundentes por parte de analistas e membros da oposição.
 
Dados recentes indicam que os índices de pobreza no país aumentaram de 46% para 65%, colocando cerca de 21 milhões de moçambicanos abaixo da linha da pobreza. Além disso, o país enfrenta altas taxas de raptos e é considerado um dos piores no mundo em liberdade de imprensa.
 
Em uma declaração contundente, Mondlane questionou como é possível que 70% dos eleitores apoiem o partido no poder, a Frelimo, em meio a tais condições. "Somente se o povo moçambicano fosse masoquista, e não é o caso", afirmou.
 
Ele destacou que a insatisfação social é massiva e apontou as recentes manifestações populares, iniciadas em 21 de Outubro, como prova do descontentamento crescente.
 
Conforme as manifestações intensificaram-se, a Frelimo emitiu um comunicado afirmando estar aberta ao diálogo e às negociações. Para Mondlane, isso reflete a pressão crescente que o governo enfrenta.
 
"É um jogo de equilíbrio: de um lado, o regime; do outro, o povo que luta por sua sobrevivência. Na minha opinião, a pressão sobre o governo será maior do que sobre a população", enfatizou.
 
Mondlane também enviou uma mensagem à comunidade internacional, incluindo organizações como a União Europeia, Commonwealth, G20, Estados Unidos e blocos regionais africanos.
 
Ele apelou para que essas entidades olhem para Moçambique com seriedade e ofereçam apoio ao povo moçambicano. "O mais importante não é ocupar uma posição no próximo governo, mas garantir compromissos que assegurem um futuro melhor para o país", concluiu.

Com os protestos em curso e o descontentamento generalizado, o futuro político de Moçambique permanece incerto. Observadores apontam que as próximas semanas serão cruciais para determinar se o governo conseguirá resistir às pressões ou sucumbirá às exigências populares. Continue lendo mais [Aqui]

FONTE: BBC NEWS AFRICA

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