Muchanga Ataca Chapo: "Vaidoso, será Vaiado se Tentar Governar"
PorIvany Thomsson-
0
António Muchanga critica Chapo, acusando-o de vaidade e desrespeito pela vontade popular, e alerta para o risco de crise política e económica
O dirigente
da Renamo, António Muchanga, lançou duras críticas a Daniel Chapo, líder do
partido Frelimo, durante uma entrevista transmitida no último domingo. Segundo
Muchanga, Chapo estaria insistindo em assumir o governo "à força",
mesmo diante do descontentamento popular que considera o processo eleitoral
fraudulento. Muchanga
recordou momentos históricos, como as conversações de Lusaka, que levaram
apenas três dias para garantir a independência de Moçambique, para reforçar que
a resolução da crise política no país depende apenas de vontade política.
ASSISTA O VIDEO:
"Todos
sabem o que se pretende. As aspirações do povo foram claramente apresentadas
pelos líderes da oposição. Ossufo Momade, Lutero Simango e Venâncio Mondlane
trouxeram suas visões para a mesa. Mas Chapo? Qual é a visão dele? Governar à
força?", questionou. Para
Muchanga, a postura de Chapo reflecte vaidade e desconexão com a realidade. Ele
afirmou que qualquer tentativa de Chapo de tomar posse no dia 15 de Janeiro
será um erro fatal. "Se
ele insistir em assumir, será vaiado pelo povo. A arrogância que demonstrou,
como ao organizar sua própria cerimônia de posse, é inaceitável",
criticou. Além disso,
Muchanga destacou que a comunidade internacional está atenta à crise política
em Moçambique e disposta a ajudar. Porém, ressaltou que o apoio dependerá de um
entendimento interno entre os principais atores políticos. "Os
quatro candidatos presidenciais devem apresentar até quarta-feira as premissas
para um compromisso. O mundo está pronto para nos apoiar, mas cabe a nós dar os
primeiros passos", afirmou. O dirigente
alertou ainda para o impacto da instabilidade no setor econômico, mencionando
relatos de empresários que decidiram suspender a importação de bens essenciais,
como arroz, devido à falta de segurança. "Sem
condições mínimas, caminhamos para uma catástrofe. É preciso agir agora",
concluiu Muchanga. Continue lendo mais conteúdos [AQUI]