Líderes religiosos em Moçambique apelam ao diálogo político e à oração como soluções para aliviar a crise pós-eleitoral e alcançar a paz
Diante do clima de
tensão que se instaurou em Moçambique após as eleições gerais, marcado por
manifestações generalizadas, violência e mortes, líderes de diferentes
confissões religiosas unem-se em apelos por diálogo político e busca da
presença divina como caminhos para restabelecer a paz no país.
O paroquiano da Igreja
Anglicana, Jorge Chate, destacou a importância do respeito ao direito de
manifestação pacífica, alertando para os perigos da instrumentalização das
manifestações para práticas de vandalismo.
“As diferenças de
opinião sempre existiram, desde os primórdios. Mas o ensino que temos é de que
é sentando e conversando que se encontram soluções. Os problemas que Moçambique
atravessa não são de hoje.
A Igreja continuará a
cumprir o seu papel de chamar as partes em discórdia para que dialoguem e
encontrem uma plataforma de entendimento que permita alcançar a paz almejada”,
afirmou Chate.
O pastor Isaías Face,
da Igreja Metodista Unida de Moçambique, reforçou o papel da Igreja em orar
pela paz e buscar soluções para pôr fim ao derramamento de sangue observado nos
protestos contra os resultados eleitorais.
“O povo moçambicano
precisa de se unir para reacender a chama da unidade, aquela que encontramos em
Jesus Cristo. Essa chama deve viver no coração de cada moçambicano”,
apelou.
Por sua vez, o pastor
Nelson Pereira, da Igreja Assembleia de Deus, defendeu um diálogo urgente entre
os atores envolvidos no conflito e enfatizou a busca pela presença divina como
chave para superar a crise pós-eleitoral.
“O papel da Igreja é
apontar para Deus, mostrando ao povo que não deve temer nada. Reconhecemos que
existem problemas, mas acreditamos que a solução está em Deus. Como Igreja,
também temos a responsabilidade de sermos agentes pacificadores, trazendo a paz
para o nosso povo”, declarou.
A união dos líderes
religiosos e os apelos à serenidade destacam-se como uma esperança para aliviar
o clima de instabilidade e traçar um caminho para a reconciliação
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