Ernesto Martinho Denuncia Desvios Milionários e Gasto Desigual de Recursos em Moçambique
Na última semana, Ernesto Martinho, apresentador
da TV Sucesso, fez declarações contundentes sobre a gestão dos recursos
públicos em Moçambique, com foco na Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos
(CMH).
Durante uma intervenção pública, Martinho
expôs uma tabela salarial que ele classificou como "chocante",
apontando a discrepância entre os altos salários de alguns gestores e a
precariedade dos serviços básicos no país.
Entre as revelações, destacou o caso de Fahim
Faruk Mohamed, que, segundo ele, recebe cerca de 6 milhões de meticais mensais,
sete vezes mais que o Presidente do Conselho de Administração da mesma empresa.
Outros exemplos incluem Joaquim Veríssimo, com um salário de quase 3 milhões de meticais, e José Barros, que atinge a marca dos 2 milhões. Segundo Martinho, esses valores, multiplicados por alguns meses, seriam suficientes para construir escolas primárias completas, enquanto crianças em áreas rurais continuam sem acesso a livros escolares e alimentação adequada.
"Estamos a sofrer um assalto olímpico
aos recursos do povo. O dinheiro que deveria ser usado para comprar
medicamentos e material escolar está a financiar regalias absurdas",
afirmou Martinho, destacando que muitas crianças em Moçambique chegam a comer
capim devido à fome extrema.
Além disso, o apresentador questionou a
necessidade de criar subsidiárias como a CMH, que ele descreveu como um
"mecanismo para dividir e reinar", prejudicando o controle central
dos recursos. Ele também apontou a existência de administradores não executivos
que recebem salários elevados sem desempenharem funções produtivas.
Martinho enfatizou que a Constituição de
Moçambique define que os recursos naturais pertencem ao povo e não ao governo.
No entanto, ele acusou as instituições estatais de reterem os benefícios desses
recursos, agravando a desigualdade social.
"Enquanto uma pequena elite lucra
milhões, o povo paga preços exorbitantes por gás, energia e água potável",
lamentou.
As declarações reacenderam debates sobre a
transparência na gestão pública e a necessidade de reformas estruturais para
garantir uma distribuição mais equitativa dos recursos do país. Continue lendo mais [Aqui]
Outros exemplos incluem Joaquim Veríssimo, com um salário de quase 3 milhões de meticais, e José Barros, que atinge a marca dos 2 milhões. Segundo Martinho, esses valores, multiplicados por alguns meses, seriam suficientes para construir escolas primárias completas, enquanto crianças em áreas rurais continuam sem acesso a livros escolares e alimentação adequada.