Verba destinada a profissionais de saúde é desviada: funcionários denunciam irregularidades
Profissionais de saúde de Moçambique denunciam o desaparecimento de verbas destinadas ao pagamento de subsídios de turnos e horas extras, causando revolta entre os trabalhadores.
Os documentos apresentados mostram que, desde outubro de 2022, as promessas de regularização dos pagamentos não foram cumpridas, apesar de o Ministério da Economia e Finanças ter disponibilizado cerca de 1,9 milhão de meticais para o pagamento desses subsídios.
De acordo com os denunciantes, os valores nunca chegaram às contas dos profissionais que atuam em maternidades e bancos de socorro. Enquanto isso, outros funcionários administrativos, que não realizam turnos noturnos, teriam recebido indevidamente horas extras e outros subsídios, aprofundando o sentimento de injustiça.
Em dezembro de 2023, foi emitido um comunicado informando que os pagamentos seriam realizados até 2 de janeiro de 2024, garantindo "festas felizes" aos trabalhadores. No entanto, o dinheiro não foi transferido, gerando indignação. Enfermeiros e técnicos de saúde organizaram marchas e manifestações para exigir explicações e a regularização dos valores devidos.
Os sindicatos e representantes dos profissionais pedem uma investigação imediata para identificar os responsáveis pelo suposto desvio de verbas. O apelo inclui a participação do Ministério da Economia e Finanças e da Procuradoria-Geral, reforçando a necessidade de transparência e justiça.
Segundo relatos, a situação precária dos profissionais de saúde, agravada pelo não pagamento dos subsídios, impacta diretamente o atendimento à população. Muitos trabalhadores, desmotivados e sem recursos, têm dificuldades para manter a qualidade dos serviços essenciais.
O caso ressalta a importância de um sistema de fiscalização rigoroso na gestão de fundos públicos, especialmente em setores essenciais como a saúde. Continue lendo mais [Aqui]