Pela Primeira vez na sua História Conselho Constitucional abre diálogo com partidos políticos

Conselho Constitucional abre diálogo com partidos políticos sobre resultados eleitorais

Conselho Constitucional abre diálogo com partidos políticos sobre resultados eleitorais

Pela primeira vez na sua história, o Conselho Constitucional de Moçambique abriu espaço para ouvir os partidos políticos acerca do processo de validação e proclamação dos resultados das eleições gerais de 9 de Outubro. A iniciativa marca um momento inédito e importante na gestão da transparência eleitoral no país. 
 
O primeiro partido convocado foi o PODEMOS, liderado por Alpino Forquilha, que suporta a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane e contesta os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
 
Durante o encontro, transmitido ao vivo, foram abordados recursos apresentados pelo partido, incluindo documentos conhecidos como “os 300 kg de provas”, que contêm atas e editais cuja autenticidade foi questionada. 

Assiste o video abaixo:

 
Lúcia Ribeiro, presidente do Conselho Constitucional, esclareceu que o órgão ainda está a verificar os meios de prova e que apenas após a conclusão do contencioso eleitoral será possível proceder à validação dos resultados. Ribeiro destacou que “os juízes do Conselho Constitucional baseiam suas decisões na lei e na consciência, sem qualquer influência de quem os indicou”. 
 
O partido PODEMOS, por sua vez, expressou dúvidas sobre a transparência e competência técnica do Conselho na análise dos documentos submetidos. Alpino Forquilha sugeriu a criação de uma comissão mista que incluísse representantes dos partidos políticos, observadores e jornalistas para acompanhar o processo de verificação em tempo real. 
 
Apesar das divergências, o Conselho Constitucional assegurou que as deliberações serão realizadas de forma rigorosa e imparcial, respeitando os princípios legais. Outros partidos, como a RENAMO e o MDM, também serão ouvidos, reforçando o compromisso do órgão em garantir um processo inclusivo. 
 
Esse momento reflecte o esforço para reforçar a confiança pública no sistema eleitoral moçambicano, destacando a busca pela verdade eleitoral e a necessidade de rever aspectos da lei eleitoral para prevenir futuros conflitos. Continue lendo mais [Aqui]

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