Conflito interno na Renamo: delegado interino denuncia ameaças do cessante

 

Conflito interno na Renamo: delegado interino denuncia ameaças do cessante

A tensão dentro da Renamo na província da Zambézia continua a aumentar, com denúncias de ameaças entre membros do partido. 

Há cerca de três semanas, Inácio Reis foi destituído do cargo de delegado provincial, após reunião conduzida por uma comissão enviada pelo presidente da Renamo, Ossufo Momade.
 
A comissão, liderada pelo General Joro Malagueta, decidiu pela substituição de Reis, nomeando Simons Paulo Mário, chefe de mobilização provincial e ex-deputado da Assembleia da República, como delegado interino. 
 
No entanto, até ao momento, Simons Paulo Mário ainda não conseguiu assumir o cargo devido a alegadas ameaças do delegado cessante. 

Segundo membros da Renamo, Inácio Reis resiste a deixar o gabinete, afirmando que foi indicado pelo líder que o nomeou e que, portanto, apenas ele tem autoridade para destituí-lo. 
 
"Temos provas de que o delegado cessante não quer abandonar o cargo. Ele afirma que não foi escolhido pelo povo e, por isso, só quem o nomeou pode removê-lo. 

Esta postura é preocupante e ameaça a unidade do partido", denunciou um dos membros presentes na reunião. 
 
A situação tornou-se ainda mais crítica com relatos de intimidações. De acordo com os membros, as ameaças não se limitam ao delegado interino, mas também atingem outros dirigentes distritais da Zambézia. 
 
O conflito tem gerado divisões internas, com simpatizantes da Renamo manifestando preocupação com o impacto que estas disputas podem ter na coesão do partido. 

Durante a reunião desta terça-feira, que contou com a presença de delegados distritais, foram discutidas estratégias para resolver o impasse e reforçar a unidade interna. 
 
A Renamo, como maior partido da oposição em Moçambique, enfrenta o desafio de manter a sua base unida num contexto de instabilidade interna. 

Enquanto isso, os membros apelam por diálogo e pela resolução pacífica deste conflito, para que o foco do partido possa voltar às questões nacionais. Continue lendo mais [Aqui]

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