O sector da construção civil em Angola enfrenta uma crise severa, impulsionada pela falta de pagamento das dívidas do Estado às empresas do sector.
Na província da Huíla, cerca de 50 das 60 empresas de construção civil estão paralisadas, o que agrava o desemprego e a situação económica de muitas famílias.
Segundo Luís Salvaterra, presidente da Associação dos Empreiteiros de Construção Civil, a ausência de concursos públicos para novas empreitadas e a demora nos pagamentos por parte do Estado têm deixado muitas empresas em situação de colapso.
Ele explica que muitas empresas possuem facturas em aberto há mais de um ano, o que impossibilita a continuidade de suas actividades.
Carlos Neto, engenheiro civil, afirma que a paralisação do sector está directamente relacionada aos atrasos nos pagamentos do Estado, que apesar de ser o maior cliente, também é o maior devedor.
Ele sugere que a solução imediata seria o pagamento das dívidas certificadas, algumas delas pendentes desde 2013.
Salvaterra propõe alternativas, como a participação das empresas na elaboração de projectos directores para comunas e municípios, além da urbanização dessas áreas. Ele defende que esses projectos podem manter as empresas em funcionamento até que a situação se normalize.
Jeremias Echimba, especialista em construção civil, sugere o retorno dos concursos públicos baseados em princípios de transparência, o que poderia ajudar a reactivar o sector.
Já o economista Altino Silvano enfatiza que as empresas precisam se reinventar e diversificar suas fontes de receita, para não depender exclusivamente do Estado.
O governo, através da ministra das Finanças, Vera Daves, anunciou no início do ano um processo de regularização das dívidas, com foco na transparência. Veja mais noticias [AQUI]
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