A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, expressou hoje sua indignação após a alegada exclusão de 96 dos seus membros do processo de formação dos Membros de Mesa de Voto (MMV) nas cidades de Xai-Xai e Chibuto, na província de Gaza.
O partido acusa o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de discriminar seus candidatos, prejudicando a sua participação no processo eleitoral.
Baptista Alfredo, mobilizador provincial da Renamo em Gaza, revelou que entrou em contacto com o STAE local para obter esclarecimentos sobre as razões que levaram à exclusão dos seus membros, mas não obteve nenhuma resposta concreta até o momento.
A exclusão envolve 82 membros da Renamo em Xai-Xai e outros 14 em Chibuto, totalizando os 96 afectados.
Segundo Baptista Alfredo, essa exclusão coloca em risco a representatividade e a transparência do processo eleitoral na província, uma vez que a formação dos MMV é uma etapa crucial para garantir a imparcialidade e a lisura das eleições.
“Estamos a ser deixados de fora, e isso compromete a democracia e a participação equitativa de todos os partidos no processo”, afirmou o mobilizador provincial.
O STAE em Xai-Xai, no entanto, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Não foi possível obter uma resposta imediata, já que os membros da direção estavam ausentes de seus escritórios durante a tentativa de contacto da Renamo e de jornalistas locais.
Em Gaza, o processo de formação inclui 13.954 MMV, dos quais apenas 13.566 serão contratados para actuar nas mesas de voto durante as próximas eleições.
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