Ossufo Momade, líder da Renamo e candidato nas eleições de 9 de Outubro, anunciou um plano ambicioso de descentralização administrativa em Moçambique.
O plano propõe a criação de três capitais regionais nas zonas sul, centro e norte, caso o partido vença as eleições.
A iniciativa busca promover um desenvolvimento equilibrado entre as regiões e garantir que o poder e os serviços do governo sejam mais acessíveis à população moçambicana.
Segundo Momade, a cidade da Beira, localizada na província de Sofala, seria transformada na capital parlamentar de Moçambique, representando a zona centro.
Com isso, os órgãos legislativos estariam mais próximos do centro do país, facilitando o acesso ao governo e aproximando a população dessa região das decisões políticas.
Na zona norte, a cidade de Nampula, na província de mesmo nome, seria designada a capital económica.
A intenção é concentrar as principais actividades financeiras e comerciais no norte, aproveitando o seu potencial de desenvolvimento.
Por fim, Maputo permaneceria como a capital política do país, mantendo sua relevância histórica e institucional.
Momade defende que essa descentralização é essencial para corrigir as disparidades regionais no desenvolvimento económico e social de Moçambique.
“Não podemos continuar com uma única capital concentrando todo o poder no extremo sul. É necessário dividir o poder para que o desenvolvimento chegue a todas as regiões do país”, afirmou o candidato da Renamo durante um comício.
A proposta também visa criar um ambiente mais favorável para investimentos estrangeiros, uma vez que a descentralização tornaria o país mais atrativo para grandes projetos em diferentes setores.
“Temos vastas riquezas em todo o território moçambicano, e com esse plano, vamos garantir que cada região possa aproveitar seu potencial ao máximo”, disse Momade.
Ele acrescentou que a criação das novas capitais fortaleceria a soberania nacional e aproximaria o governo dos cidadãos, dando-lhes mais oportunidades de participação e de apresentar suas inquietações directamente aos órgãos de soberania.
O líder da Renamo acredita que essa redistribuição do poder não só resolveria o problema das desigualdades regionais, mas também aceleraria o desenvolvimento de Moçambique, tornando-o uma nação mais competitiva no cenário africano e mundial.
“Estamos preparados para transformar Moçambique em um país de oportunidades e progresso”, concluiu Momade. Veja mais noticias [AQUI]